Porto Alegre - Os passes do goleiro Danrlei e do volante Gavião irão a leilão no Fórum Central de Porto Alegre, em dezembro, se o Grêmio não entrar em acordo com o Banrisul sobre uma dívida de R$ 6 milhões.
Os lances mínimos estão fixados em R$ 2,5 milhões para Danrlei e R$ 2 milhões para Gavião.
O Grêmio ainda não foi notificado e contesta os valores, além de sustentar que os leilões, marcados para os dias 12 e 22, não serão efetivados. Banco e clube tinham acertado suspensão do processo por 30 dias para tentar acordo, mas o prazo expirou em 14 de novembro sem que as partes tivessem se entendido. Como o Grêmio não aceitou pagar os valores em questão, a cobrança judicial foi retomada com a fixação de novas datas para os leilões.
Em 1991, Grêmio e Inter receberam empréstimo da Caixa Econômica Estadual, que seria pago através do uso da imagem dos clubes num plano de sorteio (raspadinha). O plano não saiu, mas ficou a dívida. Em 1998, o presidente Luiz Carlos Silveira Martins renegociou a dívida. Os passes de Scheidt, Roger, Danrlei, Gavião, Goiano e Carlos Alberto serviram de garantia ao Banrisul, que ficou como credor com a extinção da Caixa. Em 1999, o Grêmio parou de pagar, discutindo a dívida judicialmente. Assim, os passes dados como garantia foram penhorados.
Além do leilão, o departamento jurídico também está trabalhando em relação à CPI do Futebol no Congresso. O Grêmio (com um total de US$ 15,2 milhões) é o campeão nos processos administrativos instaurados pelo Banco Central contra 22 clubes, referentes a supostas irregularidades cambiais nas operações de compra e venda de jogadores para o Exterior até 1998. A CPI começou a analisar os processos sexta-feira.