Rio - O ex-técnico da Seleção Brasileira também explicou em depoimento à CPI do Futebol (Senado) o porque de não ter convocado o atacante Romário para as Olimpíadas de Sydney. O treinador reiterou o que já havia dito na época da competição, de que o jogador não se enquadrava na filosofia estabelecida para os Jogos, que privilegiaria os jogadores abaixo de 23 anos.
Ele voltou a afirmar que não foi uma questão pessoal, mas uma estratégia de trabalho e lamentou o fato de a Seleção ter perdido a medalha de ouro, pois caso contrário, a ausência do jogador nem seria comentada.
Wanderley garantiu não ter intermediado a compra do meia Arinélson pelo Santos em 1997. Ele disse que o jogador só concordou com a transferência para o clube de Vila Belmiro depois que Pelé se envolveu na questão e telefonou para convencê-lo.
Segundo ele, o negócio foi fechado pelos dirigentes do Santos diretamente com o Irati, do Paraná. O técnico também negou que tivesse lucrado com as transferências de Arinélson para outras equipes e disse que só o indicou ao clube paulista depois que a imprensa paranaense o apontou como revelação.
No fim do depoimento, o relator pediu a Wanderley que analisasse uma carta enviada à Renata Alves, a fim de que assumisse como sua a caligrafia contida na mesma. Diante da resposta afirmativa do treinador, o senador Althoff reconheceu então a letra do ex-técnico da Seleção numa agenda - apelidada pela estudante de Direito de "Agenda do Casal" - que havia sido entregue à CPI pela ex-secretária em caráter sigiloso.
A Comissão vai avaliar agora a possibilidade de uma acariação entre o técnico e Renata.