Rio - O comando do futebol do Grêmio mudará em 2001, ainda que José Alberto Guerreiro siga como presidente. Ontem, após a derrota de 3 a 1 para o São Caetano, que tirou o time da decisão da Copa João Havelange e da próxima Libertadores da América, o vice de futebol, Antônio Vicente Martins, anunciou sua saída do cargo.
"É sedutor e envolvente ser vice de futebol, mas não posso negar que o cargo também provoca um enorme estresse", disse Vicente, que chorou ao despedir-se de alguns conselheiros, ainda no vestiário.
Mesmo que passe a cuidar exclusivamente de suas atividades profissionais, Vicente prometeu continuar colaborando com Guerreiro, caso este seja reeleito.
O nome de Luiz Eurico Vallandro, atual vice-presidente médico, passa a ser o mais cogitado para comandar o departamento de futebol, se a situação política do clube não for alterada a partir da eleição de hoje.
Vitoriosa a oposição, o vice de futebol será Saul Berdichevski. O ex-presidente Luiz Carlos Silveira Martins recusou convite feito pelo oposicionista.
Também o vice de finanças, Martinho Faria, deixará o cargo, na hipótese da vitória da situação. Na chapa de Guerreiro, Jaime de Marco ocupará esse cargo.
Para o goleiro Danrlei, a desclassificação contra um clube de tradição muito menor como o São Caetano não pode ser considerada surpreendente. "Fomos desclassificados como o Inter e outros grandes clubes. É absolutamente normal", resumiu.
O meia Zinho, capitão da equipe, localizou no próprio time as principais razões da desclassificação.
"Não tivemos personalidade para nos impor dentro de nossa própria casa", reclamou. Seu sonho era conquistar o quinto campeonato brasileiro e atingir a marca de Andrade, ex-jogador do Flamengo. Zinho foi campeão em 1987 e 1992 pelo Flamengo e em 1993 e 1994 pelo Palmeiras.