São Paulo - Apesar de todos os incidentes do último jogo entre Vasco e São Caetano e da forma hostil como a delegação do Azulão foi recebida em São Januário, o técnico Jair Picerni não poupou elogios ao presidente eleito do clube carioca, Eurico Miranda.
“O Eurico é um baita dirigente. É um homem para quem eu tiro o chapéu. Em termos de administração de futebol, não conheço nenhum dirigente que faz o que ele faz pelo Vasco”, elogiou Jair.
O técnico do Azulão acredita que a realização da terceira partida decisiva da Copa João Havelange no dia 18 de janeiro foi mais uma das estratégias do cartola, que assume a presidência do Vasco no próximo dia 28.
“O Eurico enxerga um pouquinho à frente no futebol. Nós temos alguns jogadores negociados e sem contrato. Hoje o São Caetano está em situação mais complicada do que o Vasco. Ele sentiu isso e marcou a decisão antes das competições. Se a decisão fosse daqui a 30 dias, a história seria diferente”, analisa.
Mas os dirigentes do Azulão parecem não compartilhar da mesma opinião de Jair Picerni. Segundo o diretor de futebol do São Caetano, Genivaldo Leal, o exemplo de Eurico Miranda não deve ser seguido pelos dirigentes brasileiros.
“O Eurico é um bem para o Vasco e um mal para o futebol. Só que um dirigente não deve pensar só no seu clube. Ele tem de pensar no futebol, como um todo”, disse.
O técnico Jair Picerni não teme qualquer clima de hostilidade promovido por Eurico Miranda na final da Copa JH, no Maracanã. “Medo de que? Já encaramos o Maracanã com 70 mil pessoas no jogo contra o Fluminense e vencemos. Além do mais, é sempre motivação jogar no Maracanã lotado”, disse Jair.
Segundo ele, os jogadores vão entrar com mais disposição do que no jogo de São Januário.