Porto Alegre - Ronaldinho poderá deixar o Grêmio. Mas, antes, receberá uma proposta de renovação de contrato, que vence em fevereiro, que o presidente José Alberto Guerreiro considera “muito boa”.
Outra garantia da diretoria gremista: a possível saída do craque, transferido para o Paris Saint-Germain, ou outro clube europeu, somente se dará mediante um milionário ressarcimento.
Um possível pré-contrato, sustenta o Grêmio, não tem mais valor do que o vínculo assegurado pelo clube ao assinar o primeiro contrato de Ronaldinho antes da alteração da Lei do Passe. Logo, pela ótica de seu presidente, o Grêmio não corre risco de se desfazer de um de seus maiores patrimônios sem receber vultosa indenização.
Por enquanto, o Grêmio faz questão de respeitar a trégua estabelecida na reunião do dia 12, entre o vice de futebol, José Otávio Germano, o advogado Sérgio Neves e Assis, irmão e procurador de Ronaldinho. O mesmo sentimento deverá pautar o segundo encontro, hoje à tarde.
A única hipótese de disputa jurídica, diz Guerreiro, será em torno do valor do passe, caso o jogador não aceite renovar. Encerrado o contrato, o clube tem uma semana para formular a proposta de renovação. O mesmo prazo é dado ao atleta para apresentar a contraproposta. Não havendo acordo, o passe é fixado na federação.
"Não há dúvida de que o vínculo é do Grêmio", afirma Guerreiro. "Se o jogador não quiser ficar, o passe irá para a Federação Gaúcha, e o Grêmio brigará pelo maior ressarcimento possível."
O clube pode até apelar ao presidente Fernando Henrique Cardoso para adiar a entrada em vigor da Lei do Passe, prevista para março.