Rio - A Federação de Futebol do Rio de Janeiro divulgou uma nota de repúdio à reformulação do futebol brasileiro anunciada pela CBF, nesta terça-feira. O documento foi assinado por Eduardo Viana, presidente da Ferj, conhecido como Caixa d´Água, e não conta com o apoio dos chamados grandes clubes cariocas, à exceção do Vasco. O clube de São Januário, aliás, se posicionou abertamente contra reformulação, mas não se manifestou a favor da nota da Federação. Entre os dirigentes cariocas presentes, as opiniões sobre o anúncio da CBF são variadas.
Edmundo Santos Silva (presidente do Flamengo) – “A mudança é fundamental. Sou contra apenas quando aparece alguém querendo se beneficiar do caos. O calendário possibilita o planejamento e, conseqüentemente, com a organização, a possibilidade de os clubes conseguirem parceria financeira”.
David Fischel (presidente do Fluminense) – “A reformulação é importante, pois torna o calendário racional. Temos que pensar sempre no coletivo, e não no individual. Acho que as mudanças trarão benefícios para todos”.
Mauro Ney Palmeiro (presidente do Botafogo) – “O governo deu um duro golpe, matando os clubes de futebol. Agora está tentando ressuscitá-los. Estive no lançamento do calendário, e não testemunhei nada de concreto. A situação de clubes, como o próprio Botafogo, é complicada. Não temos dinheiro para nada. A Lei Pelé matou os clubes”.
José Roberto Justus (presidente do América) – “Tenho esperança de que a situação vá melhorar, mais ainda é cedo para fazer uma previsão. O Rio-São Paulo pode ser um torneio rentável, e espero que funcione como o previsto”.