Na estréia no Campeonato Brasileiro de 2001, o Inter desmoronou diante da sua torcida ao perder para o Juventude por 2 a 0, no Beira-Rio, na noite desta quarta-feira. Os gols foram marcados pelo lateral-direito Edinho, aos 33 minutos do primeiro tempo, e pelo meia Fernando, aos cinco da etapa final
Os torcedores colorados, inconformados com mais uma frustração, pediram a saída do presidente Fernando Miranda. Na platéia, um ilustre espectador: o treinador da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, que acompanhou toda a partida em um dos camarotes do Beira-Rio.
O time treinado por Zé Teodoro mereceu a vitória, apesar de ter armado poucos lances de gol. Porém, quando o fez, foi eficiente e construiu um escore favorável. Ao Inter faltou, mais uma vez, qualidade técnica para os seus jogadores. O Inter volta a jogar no domingo, no Couto Pereira, diante do Coritiba, enquanto o Juventude recebe o Atlético-MG, no Alfredo Jaconi, no sábado.
Aos 4 minutos, o Colorado levou perigo à meta do Juventude, quando Martinez arriscou um disparo da intermediária, e a bola passou a um metro da trave esquerda do goleiro Diego.
Martinez, aos 10’, invadiu a área e foi derrubado pelo cabeça-de-área Sidiney. O árbitro Fabrício Correa sinalizou corretamente o pênalti, que o próprio Martinez cobrou. Ele chutou a meia altura, no canto esquerdo, e Diego fez uma grande defesa.
O Inter ameaçou novamente o gol do Juventude aos 18’, através de uma bela jogada do atacante Fábio Pinto: ele pegou a bola na ponta esquerda e, em alta velocidade, passou por três marcadores, penetrou na área e soltou uma bomba em cima de Diego, que espalmou a bola.
Ao mesmo tempo que estava bem posicionado defensivamente em campo, a equipe alviverde alcançava poucas vezes a área colorada. Em um deles, o lateral Marquinhos mandou um petardo da meia-esquerda, que o goleiro Hiran defendeu. O castigo pela perda do pênalti chegou ao 33’: Edinho bateu uma falta da meia lua no canto esquerdo de Hiran, que não reagiu a tempo de evitar o gol do Juventude.
Nervoso devido ao placar adverso, o Inter tentou empatar. O volante Carlinhos, ao 37’, arrancou pela intermediária e chutou, rasteiro, facilitando a defesa de Diego. Quatro minutos depois, o meia Juca bateu uma falta da intermediária, a bola quicou na pequena área, e Diego, junto à trave direita, espalmou para escanteio.
No intervalo, Zé Teodoro, não contente com o rendimento dos seus atletas, pediu mais movimentação. Por sua parte, Parreira colocou o meia Silvinho no lugar de Juca.
Logo aos cinco minutos da etapa final, o Inter sofreu o segundo golpe: Fernando avançou pela intermediária e mandou um foguete no ângulo esquerdo de Hiran. Juventude 2, Inter 0. O zagueiro Márcio Pereira, aos 12’, cobrou uma falta da intermediária, com muita força, e Hiran, bem colocado, espalmou.
Mais nervoso ainda, e com a torcida vaiando, o Inter se jogou para cima do Juventude, sem, contudo, demonstrar eficiência ofensiva. Parreira, então, decidiu tirar Martinez e pôr o atacante Paulo César. Não adiantou.
Fábio Pinto tabelou, aos 22’, com Silvinho, que correu pela ponta direita e da linha de fundo cruzou para a área, mas Márcio Pereira se antecipou a Fábio Pinto e mandou a bola para escanteio. O córner foi cobrado pelo lateral-esquerdo Wederson, e a bola desviou na zaga alviverde e bateu no travessão.
O Juventude quase consumou uma goleada aos 42’, por meio de Didi: o centroavante correu pela lateral esquerda, penetrou na área e chutou para fora.
A melhor oportunidade do Inter aconteceu ao 44’, quando o lateral Barão, que havia substituído Bruno, cruzou para Silvinho, que cabeceou mas a bola passou a um metro da trave.
No fim da partida, Barão perdeu totalmente a tranqüilidade e agrediu o atacante Luciano Fonseca. O árbitro, porém, deu apenas cartão amarelo para o jogador colorado.