Rio - Logo no início do depoimento que prestou nesta quinta-feira na CPI do Senado, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, o presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, teve que explicar aos senadores o porquê dele e o clube terem impetrado várias ações no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a extinção da CPI, alegando ser ela inconstitucional, e impedindo a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do clube. Edmundo disse que a decisão foi do Flamengo. “ Eu represento um clube. A maioria das pessoas do conselho do Flamengo decidiu por essas ações. Quero deixar bem claro que reconheço a importância desta CPI e estou disposto a ajudá-la no que for possível”, afirmou Edmundo.
Já o presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), lamentou que Edmundo tenha impetrado uma liminar para evitar ser preso durante seu depoimento por se negar a responder algumas perguntas. “Não é objetivo desta CPI prender ninguém. Estamos aqui apenas para questionar as pessoas sobre situações do futebol”, afirmou Dias.
E Edmundo realmente foi muito questionado. Ele teve que responder o porquê do clube dever tanto se o contrato de parceria com a ISL previa como prioridade o pagamento de dívidas, seguida da realização de obras e contratação de jogadores. Segundo Edmundo estas prioridades foram invertidas, com o prévio conhecimento da empresa suíça de Marketing.