Buenos Aires – Nesta sexta-feira a procura por ingressos para o confronto entre Argentina e Brasil provou que o recorde local de renda das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2002 será tranqüilamente batido. A maior arrecadação até então em Buenos Aires foi registrada no dia 4 de junho de 2000, com a arrecadação 1,3 milhão de pesos (igual em dólares) para Argentina 1 x 0 Bolívia. Porém, apenas com a venda das 31.235 cadeiras, esgotadas na última quinta-feira, foram arrecadados 1,2 milhão de pesos. Esse valor seria amplamente superado com as 16.000 entradas populares que foram colocadas à venda nesta sexta-feira.
Apesar da Argentina já estar classificada para o Mundial do Japão e Coréia do Sul, a torcida não se dá por satisfeita e promete lotar o estádio no dia da partida. “Ganhar do Brasil seria bárbaro, porque o país anda mal e o povo precisa de uma alegria”, disse o volante Matías Almeyda, do Parma, ao chegar a Buenos Aires para se apresentar ao treinador Marcelo Bielsa.
O público argentino está motivado por uma série de razões, entre elas as de assistir em casa uma vitória sobre seus maiores rivais e se vingar da derrota de 3-1 na partida de ida, em São Paulo.
Apesar da crise econômica, os torcedores levaram todos os ingressos de preços mais elevados e estavam a ponto de acabar rapidamente com os ingressos de 10 pesos, para assistir o jogo de pé. “O pensamento de todos é vencer o Brasil. Porém, o mais importante de tudo é que a Argentina mantenha o jogo que vem mostrando até agora”, disse Almeyda.
Julio Cruz, atacante do Bolonha, endossou as palavras do companheiro de seleção. “Seria muito lindo ganhar do Brasil e uma boa maneira de esquecer a partida anterior”.