São Paulo - Nos últimos Campeonatos Brasileiros, a rotina do torcedor santista tem sido rezar quando as últimas rodadas se aproximam. Desde 1998 sem participar das fases decisivas, o Peixe amarga, em 2001, a constrangedora situação de torcer por uma combinação improbabilíssima de resultados para conseguir a oitava vaga. Sem esquecer que precisa vencer o Fluminense neste sábado, às 17 horas, no Maracanã.
”Enquanto houver a mínima possibilidade, temos que lutar por ela”, discursou o goleiro Pitarelli.
Nada mais é do que uma versão moderna do surrado “enquanto há vida, há esperança”.
Para classificar-se, o time da Cabralzinho precisa, além de vencer os dois últimos jogos, torcer contra Bahia, Ponte Preta, Internacional, Goiás e Palmeiras. Haja fé!
”Mesmo que não consigamos o resultado esperado, temos que honrar a camisa do clube”, afirma o treinador, tentando, de alguma forma, motivar seus jogadores.
Este ano, por duas vezes o presidente Marcelo Teixeira levou o elenco à capela de Nossa Senhora de Monte Serrat, padroeira da cidade de Santos. E para conseguir reverter um quadro tão desfavorável, a equipe precisa mais do que nunca de um milagre. Uma graça histórica.
Individualmente, alguns jogadores e o técnico Cabralzinho também lutam por pequenos milagres, transformando o Maracanã em um gigantesco altar.
Pitarelli espera se firmar entre os titulares. Válber alimenta esperanças de, quem sabe, conseguir uma renovação de contrato no ano que vem. Elano quer mostrar que tem condições de ser titular e calma suficiente para marcar gols no mano-a-mano com o goleiro adversário. Já Cabralzinho, reza para que a eliminação do Peixe no campeonato não seja o fim da linha para o técnico no clube.
”Perdemos 18 pontos jogando em casa. Estamos ficando de fora por nossos próprios erros”, lembra o sensato Léo.
Templo do futebol, o Maracanã será a tenda dos milagres santista.