Rio - Gustavo Kuerten viajou neste domingo para a terra daquele que atualmente é seu maior rival no ranking mundial: o australiano Lleyton Hewitt, número 1 do mundo aos 20 anos de idade. Vice-líder do Ranking de Entradas, o brasileiro tentará recuperar a liderança durante o Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano, que começa no dia 14.
O panorama é animador: além de chegar a Melbourne embalado após três vitórias no Desafio Brasil x Argentina, Guga poderá contar com a ajuda do próprio adversário. Há cinco dias, Hewitt descobriu que está com catapora. Caso não se recupere, terá que desistir de disputar o torneio. Se conseguir jogar, certamente sentirá a falta de ritmo por não ter treinado o suficiente.
“Ele é o meu adversário no ranking, mas na quadra mesmo nós só nos enfrentaríamos numa final no Aberto da Austrália”, disse Guga, referindo-se ao fato de que o australiano seria o cabeça-de-chave número 1 e o brasileiro, número 2.
“Mas não estou pensando nisso, só quero fazer o máximo de jogos para ganhar ritmo para o resto da temporada. O legal é não ir para a Austrália com aquela pressão de ter que jogar o meu melhor tênis logo de início. Quero pegar embalo para chegar ao auge depois, em fevereiro ou março.”
Em Melbourne, Guga encontrará com o técnico Larri Passos, que chegou à Austrália há alguns dias. Depois de se recuperar da viagem (são quase trinta horas de avião) e da adaptação ao fuso-horário (quase 13h de diferença em relação ao Brasil), eles iniciarão os treinos.