Curitiba - Além de enfrentar a delicada guerra civil na Colômbia, o Atlético terá de se preocupar com a guerra que poderá ser armada dentro de campo contra o América de Cali. Atlético e América são as equipes mais indisciplinadas desta edição da Copa Libertadores.
Os dois times receberam 22 cartões em apenas cinco partidas, sendo que o Atlético teve quatro expulsões e o América, apenas uma. Além disto, o jogo realizado entre as duas equipes em Curitiba acabou em uma confusão generalizada.
"Nossa equipe não tem levado cartões por violência. Temos reclamado muito e por isso temos sido expulsos. Acho que é só manter a calma para isso melhorar", acredita o atacante Ilan.
O técnico Geninho, que teve de ser o último a sair de campo na primeira partida contra o América para ajudar na proteção dos jogadores adversários, crê que não haverá represália por parte dos colombianos.
"Espero que não aconteça nenhum tipo de represália. É claro que a Colômbia vive uma situação que não é nada normal. Mas acho que em um evento esportivo não vai ter problema", afirmou o treinador.
Mas todas essas preocupações talvez não se comparem à que a delegação atleticana está tendo com a guerra civil. A Colômbia vive um dos momentos mais delicados de sua história. Somente no último fim de semana, 16 pessoas foram assassinadas em Cali, cidade da partida.
E os jogadores atleticanos estão morrendo de medo da situação. Alguns chegaram a declarar que não pretendem colocar nem o rosto para fora do hotel.
"Se depender de mim, fico sem conhecer a Colômbia. Estou morrendo de medo. Eles querem brigar pela causa deles e não querem saber quem está lá", disse o zagueiro Nem.
O volante Flávio Luis também irá permanecer no hotel. "Não faço questão nenhuma de conhecer lugares. É perigoso ficar andando por lá", diz.