Como você chegou a essas pessoas e ao PTB?
O senador, eu conheço desde o tempo em que ele trabalhava na Rádio Farroupilha. Ele sempre ajudou muita gente, às vezes me ligava: "Preciso de um material teu, quero ver se troco por cadeira de rodas, se faço uma rifa...", coisas sociais que ele sempre fez muito. E eu comecei uma amizade com ele. Mandava uma ou duas camisas do Grêmio por mês para ele. O Henrique (Valério), amigo meu há 20 anos, me levou pro partido, me filiei e entrei mais nesta vida política, para ver como é, se é algo que me fascinava mesmo como aparentemente era. E comecei a, cada vez mais, querer.
Você já tinha realizado projetos sociais?
Já, a minha camisa de goleiro, durante acho que três anos, vinha com um logotipo do Instituto do Câncer Infantil, e os royalties das camisetas, que viriam para mim, eu passava direto para o próprio instituto. Nessas questões sociais, como atleta, eu sempre me engajei, sempre estive junto, sem interesse político nenhum, sempre fiz porque acho que nós, atletas, já que temos uma visibilidade muito grande, é nosso dever ajudar nestas questões sociais. As crianças e os jovens nos veem e nos copiam, e vira uma bola de neve. A gente tem este dever. Eu tenho isto na minha cabeça.
Mas você é um caso raro, um jogador mais esclarecido, capitão do time. Como foi essa sua formação? A partir de seus pais, da escola?
Meu pai já foi vereador na minha cidade. O irmão da minha mãe e a esposa são, eu acho, o único casal que se candidatou e se elegeu como vereadores juntos. Convivi muito com isso em Crissiumal. Óbvio, como criança. Mas vi o que faziam, todas as situações.