Léo Áquilla

A política te atrai hoje? Existe alguém em que se espelha?

Essa é uma pergunta difícil. Acho que essa é a mais complicada de responder. Eu acho assim, tem muita gente que tem boas intenções na política, esse negócio de generalizar, dizendo que a política é corrupta... O sistema sim é corrupto. Mas eu acho que tem muita gente que não é, que não compartilha disso e é boa. A gente que precisava pesquisar um pouco mais os nomes. É igual ser gay sabe, uma travesti vai lá e apronta uma coisa errada, pronto. Todas tem que pagar? Uma coisa é uma pessoa roubar e se dizer que todo mundo é corrupto.

Se eleito, você estará dentro do sistema. Como será sua resistência?

Eu poderia me calar, eu não preciso compartilhar. Eu teria que me calar porque eu não quero morrer. Uma coisa é você ser conivente e não lutar contra um sistema que já é corrupto mesmo. Outra coisa é você roubar.

Como você avalia a importância da imagem para um candidato a cargos públicos?

Eu sempre tive uma aparência sexual bem afeminada. Sempre fui um homossexual bem afeminado. Ah, imagem é tudo, né? Basta você lembrar que muita gente já foi eleito porque é lindo. Acho que foi o Collor que experimentou um pouco disso. Ele foi muito bem votado porque era muito galã. Eu lembro que na época do Collor, nem tão politizado assim eu era, mas eu me lembro de muita mulher falando: “ah, eu vou votar nele porque ele é um gato, ele é um pão”, era essa a expressão que usava. Então, eu acho que a aparência é tudo. Mas eu não posso fingir ser uma coisa que eu não sou.

Em 2008, Léo Áquilla (à direita) atuou como um dos apresentadores do Baile Gay, transmitido pela Rede TV! no Rio de Janeiro. foto: Divulgação
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