Salvatore Riina
Salvatore Riina nasceu em 1930 na cidade de Corleone. Ele entrou para a mafiosa Família Corleone ainda adolescente e no pós-guerra, quando o crime organizado italiano estava dizimado e em conflito, se uniu ao grupo de Luciano Leggio, que buscava derrubar o então Chefe dos Chefes da Cosa Nostra, Michele Navarra. Riina cometeu o seu primeiro assassinato em 1949, pelo qual foi condenado a seis anos de prisão.
Após ser solto, retornou à ativa em Corleone sob o comando de Leggio, que controlava o contrabando de cigarros, roubos e extorsões. Em 1958, Riina e seus comparsas assassinaram Navarra enquanto ele dirigia, provocando o início de uma guerra entre mafiosos que iria durar até 1963 e resultar na morte de 140 gângsteres. O governo tentou reagir à violência, mas todos os envolvidos foram absolvidos em seus julgamentos. Após o conflito, ele se tornou número 2 da máfia, sob o comando de Leggio e com o Bernardo Provenzano como consigliere (conselheiro). Com a prisão de Leggio em 1974, Riina passou a comandar a Cosa Nostra em um triunvirato com Gaetano Badalamenti, de Cinisi, e Stefano Bontade, de Palermo.
Uma nova guerra entre mafiosos no início dos anos 80 culminou com a morte de Badalamenti e Bontade e possibilitou que Riina emergisse como o Chefe dos Chefes. Ele então reestruturou o comando da máfia e toda a Cosa Nostra passou a estar sob suas ordens. Seu poder era tanto que diziam que ele tinha ligações com o ex-primeiro ministro Giulio Andreotti. Contudo, em 1992, quando ele ordenou as explosões que mataram os juízes anti-máfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, o cerco a ele aumentou. Riina foi enfim preso em 1993, após passar 23 anos escondido, e condenado à prisão perpétua em 15 acusações, a maioria delas por assassinatos. Ele segue preso.