Maiores mafiosos

Bernardo Provenzano

Bernardo Provenzano nasceu na cidade de Corleone em 1933. Após a Segunda Guerra, quando ainda era um adolescente, ele entrou para a Cosa Nostra sob o comando de Michelle Navarra. Quando Luciano Leggio decidiu eliminar Navarra para assumir como chefe, Provenzano foi um dos atiradores indicados para participar do assassinato.

No início dos anos 60, após uma grande guerra entre mafiosos italianos, Provenzano era um nome muito procurado pela polícia e decidiu começar a se esconder. Como “consigliere” de Leggio e depois como subchefe de Salvatore Riina, Provenzano era o responsável pela parte financeira dos negócios da Máfia. Quando Riina foi preso, em 1993, a polícia presumia que ele estava morto, uma vez que não aparecia em público há 30 anos e, no ano anterior, sua família havia reaparecido. Contudo, a saída de cena de Riina apenas fortaleceu Provenzano, que assumiu como Chefe dos Chefes da Cosa Nostra.

Durante o seu comando, ele decidiu mudar as táticas terroristas empregadas por Riina, como o assassinato de autoridades, e ordenou um retorno da Máfia ao submundo. Ele também retomou antigos códigos de valores que tinham sido ignorados por Riina. Provenzano comandava seus negócios através de mensagens criptografadas e escritas a mão, limitando ao mínimo necessário os encontros entre mafiosos. As táticas empregadas por ele aumentaram a eficiência dos negócios da Máfia e diminuíram a pressão policial para a captura das lideranças.

Contudo, mesmo escondido Provenzano foi condenado à prisão perpétua pela participação em diversos assassinatos, incluindo o dos juízes Falcone e Borsellino. Ele permaneceu um “fantasma” até abril de 2006, quando foi preso em uma fazenda nas proximidades de Corleone, após passar 40 anos fugindo. Na prisão, ele se reencontrou com outros mafiosos presos, que o acusaram de ter sido um informante chave na captura de Riina, em 1993.

Foto: AFP

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