A germânica Arroio do Padre, a mais evangélica

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A influência do vizinho Uruguai

O afastamento da população do Chuí com a religiosidade se dá por vários motivos, segundo acreditam religiosos locais, que realizam as cerimônias com um público médio de 10 a 15 fiéis. As principais causas são a preocupação da população de se manter neutra em um ambiente culturalmente diverso por questões comerciais e a influência do povo uruguaio, considerado laico.

"Nós vemos que aqui no Chuí existe um distanciamento do sentimento religioso. Eu tive fazendo uma pesquisa há algum tempo e vi que isso é resultante de uma situação social que vem desde a criação da comunidade chuiense (...) Vieram tanto aventureiros como famílias, mas sempre focados na questão comercial. Sempre houve diferença de preços dos produtos brasileiros com os uruguaios, então, as pessoas vinham aqui, montavam o seu comércio sempre focados nisso e nuca deram o devido

lugar e valor para a espiritualidade", diz o pastor evangélico José Teles Rodrigues da Silva, da Igreja Metodista Wesleyana.

O padre Luiz Fernando Silva da Matta, da paróquia de Santa Vitória do Palmar, responsável por atender a única igreja católica do Chuí, afirma que além da materialidade, a influência uruguaia também é um dos motivos para o afastamento. "A gente sabe que o povo uruguaio é um povo laico", afirma.

Pastor evangélico José Teles Rodrigues da Silva

Crédito: Daniel Favero