O doutor Denis Martinez explica que o sono não é uma função (como a digestão), mas um estado da vida (como o exercício), com inúmeras funções. Existem várias teorias sobre o sono: alega-se, por exemplo, que ele tenha a função de restaurar processos químicos e físicos que se deterioram durante a vigília, ou que sirva para conservar a energia do organismo. Sobre os sonhos, também há diversas teorias: diz-se que eles estimulam o crescimento cerebral, que apagam memórias indesejáveis e que consolidam outras memórias.
"Mas, ainda que não se tenha desvendado completamente o papel indispensável do sono na sobrevivência dos seres vivos sabe-se cada vez mais sobre sua arquitetura", explica o doutor. Hoje, o monitoramento do sono demonstra que ele tem diversas fases, algumas mais leves, outras mais profundas, e também as fases em que sonhamos.
Os horários de sono e de vigília são, em parte, condicionados pela adaptação de cada animal ao meio ambiente. Mas, com relação ao ser humano, essa adaptação acaba variando um pouco. Ainda que a vida social dê indicadores da hora de fazer cada coisa (comer, dormir, trabalhar etc), algumas pessoas podem perder esses indicadores, dependendo da rotina (ou da falta de rotina) que estabeleçam para suas vidas.