Existem alguns mitos que traduzem a alma ariana. O mais significativo deles é o de Jasão e a conquista do Velocino de Ouro, mais conhecido como Jasão e os Argonautas. É uma lenda heroica e cheia de aventuras sobre uma missão específica que define bem o espírito do ariano.
O Velocino de Ouro era a pele de um carneiro que possuía dons especiais como falar e pensar, tinha os pêlos de ouro e podia voar. Esse carneiro foi um presente de Zeus, o rei dos deuses, a Néfele, mãe de Frixo e Hele, que fugiram voando nesse carneiro até a Cólquida, no mar Negro.
O rei Éeto os acolheu e ele sacrificou o carneiro a Zeus e ofereceu o seu tosão, ou seja, sua pele de ouro, ao rei. Enquanto isso, na Tessália, reinava Pélias, que usurpou o trono do irmão Éson, pai de Jasão que, ameaçado por seu tio assim que nasceu, foi confiado em sigilo ao Centauro Quíron (ver Sagitário) que lhe ensinou o respeito aos deuses, à justiça, à arte militar, à medicina e à música, e ficou com Jasão até seus vinte anos, quando lhe contou quem verdadeiramente era.
Nessa época, Jasão foi à uma festa oferecida por seu tio Pélias e reclamou o trono por seu direito. O rei prometeu dar-lhe o reino se fosse até a Cólquida e recuperasse o Velocino de Ouro, que pertencia ao santuário de Ares, em Iolco.
Jasão aceitou e assim começou sua missão. Juntamente com Cástor e Pólux (ver Gêmeos), Héracles, Orfeu, o rei Teseu de Atenas e mais 50 homens construiu o barco que foi chamado de Argos, içou as velas e lançou-se ao mar em busca do Velocino. A viagem foi cheia de aventuras, lutas e incidentes até chegarem ao encontro do rei Éeto, pai de Medéia, que se apaixonou por Jasão e o ajudou a conquistar o Velocino.
A viagem de volta foi tão emocionante e perigosa quanto a de ida. Ele chegou finalmente a Iolco com o Velocino de Ouro e descobriu que Pélias havia matado seu pai Éson, e mais uma vez, com a ajuda de Medéia vinga seu pai matando Pélias e recupera o reino que lhe pertencia.