"Foram dois meses de separação por causa da quarentena, que dessa vez foi mais longa do que o habitual", lembra André. Enquanto o cavaleiro permaneceu no Brasil, Calei viajou para a Europa e depois para Sydney. O projeto inicial do cavaleiro era viajar com a delegação brasileira, no início do mês, mas os compromissos profissionais - André trabalha nas empresas da sua família - o impediram.

Enquanto o cavaleiro não ia para a Austrália, o cavalo vinha sendo montado pelo técnico da equipe brasileira, Nelson Pessoa Filho. No Brasil, André praticava com outras montarias. "Apesar de ter viajado bem mais tarde do que previa, não acredito que enfrentarei problemas, pois terei dez dias para me preparar para a prova, o que é tempo suficiente", afirma André.

"Além disso, estou acostumado a montar Calei e a adaptação será rápida." No treino da tarde, o cavaleiro chegou a saltar com sua montaria e ficou bastante animado a ponto de estar decidido a fazer exercícios mais fortes nos próximos dias. "O cavalo está nas melhores condições possíveis."

No Concurso Completo de Equitação (CCE), a equipe deve decidir seu futuro nesta sábado, na prova de Cross Country. Será na competição, ponto forte dos cavaleiros brasileiros, que a equipe deverá tentar reverter a desvantagem do baixo, porém já esperado, desempenho do adestramento.

Uma das esperanças é Vicente Araújo Neto, várias vezes campeão brasileiro de hipismo rural. Montando Tevere, o cavaleiro acredita que poderá se superar na prova assim como tem feito nos últimos 18 meses, tempo que tem se dedicado ao CCE. Outro nome de destaque no time é Serguei Foffanof, cavaleiro mais experiente da equipe, com três participações olímpicas, que montará Sandeston. Eder Pagoto, com Amazonian de Feroleto e Guto de Faria, com Hunefer, completam o time.

Agência Estado