Rio - O treinador da seleção brasileira, Émerson Leão, vai manter a ação judicial que move contra a CBF pelo uso de sua imagem sem autorização no álbum de figurinhas Heróis do Tri, dedicado aos campeões mundiais de 1958, 62 e 70.
Segundo Sales Nobre, advogado do técnico, deve haver acordo para o parcelamento da dívida. "A CBF foi condenada em todos os níveis, inclusive no STF (Supremo Tribunal Federal) e no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Os advogados da CBF propuseram o parcelamento, mas o pagamento só deve começar no início do próximo ano, a pedido deles. O que posso garantir é que conversei com o Leão essa semana e ele não pediu para retirar a ação. E não vejo motivo para isso. A reivindicação vem da época em que o presidente da CBF era Octavio Pinto Guimarães", disse.
Leão lidera o último grupo de jogadores a entrar com ação contra a CBF. Junto com ele estão Jair da Costa, Mazzola, Moacir e Zequinha, todos ex-integrantes da seleção brasileira.
Mazzola se sagrou campeão do mundo em 1958, na Suécia. Ele enfrentou a Áustria, formando dupla de ataque com Dida. Fez dois gols na vitória de 3 a 0 - o outro gol foi de Nílton Santos. Depois atuou ao lado de Vavá no empate em 0 a 0 com a Inglaterra. E enfrentou ainda País de Gales - Brasil 1 a 0, gol de Pelé - jogando com Pelé. Moacir foi reserva de Didi na Copa de 1958, mas não jogou no Mundial da Suécia.
Jair da Costa e Zequinha estiveram na Copa de 1962, realizada no Chile. O primeiro foi reserva de Garrincha e Zequinha de Zito.