Rio - Antes do jogo contra o Friburguense muito se comentava sobre os desfalques do Fluminense, que, na ocasião, não poderia contar com Asprilla, Agnaldo, César e Paulo César. Mas, apesar das ausências, o time jogou bem e venceu por 6 a 1, encerrando uma seqüência de três jogos sem vitória. E, ao menos estatisticamente, a recuperação da equipe pode ser atribuída à Fabinho: em todos os jogos de 2001 que jogou , o Fluminense venceu.
Depois que se machucou, no primeiro tempo do empate em 2 a 2 contra o Santos (quando saiu o time ainda vencia por 1 a 0), o cabeça-de-área ficou fora dos jogos contra Cabofriense, Corinthians, Vasco e São Paulo. Destes, o time só venceu o primeiro. E a mudança de comportamento da equipe com Fabinho também foi notada ano passado, durante a Copa João Havelange. O jogador ficou fora do time por nove jogos - machucou-se contra o América (MG) - e, na volta, contra o Grêmio ajudou na quebra de um jejum de cinco jogos sem vitória.
Os tricolores reconhecem a falta que Fabinho faz. Roni é um dos que se entusiasmam ao falar do capitão. “Fabinho é o termômetro da equipe, assim como Marcão. São dois jogadores de muita raça, que nos motivam. Vejo eles darem carrinho até no vento e fico contagiado”, disse Roni, brincando com o fato de a equipe ter vencido todos os jogos com Fabinho em campo. “Agora temos de mantê-lo na equipe até com a perna quebrada!”.
Marcão comentou sobre o entrosamento que tem com o parceiro: “Quando ele joga não fico tão preso à marcação, pois sabemos exatamente o momento de cada um subir ao ataque”, disse, citando outra mudança notada com a presença do capitão. “Ele está sempre gritando, procurando nos orientar”.
Fabinho mostrou-se gratificado diante de tantos elogios. Para ele, a experiência é sua maior qualidade. “Com minha vivência, procuro sempre incentivar o grupo durante todo o jogo, mesmo que estádio esteja vazio, como no último sábado”, disse, lembrando outro fator que o faz falar muito dentro de campo: “Procuro orientar na parte tática também, pois meu posicionamento favorece este tipo de análise. Tanto é que Espinosa sempre me chama à beira do campo para que eu passe instruções aos demais”.