Rio - Nem mesmo a estréia do novo técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, parece amedrontar o treinador do Uruguai, Víctor Púa. Mesmo sabendo que isso dará uma motivação maior para os brasileiros na partida entre as duas seleções, no dia 1º de julho, pelas Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2002, Púa diz que respeita, mas não teme a seleção tetracampeã mundial.
”O Leão eu não conhecia muito, mas a trajetória de Scolari é mais conhecida. No entanto, nem Leão, nem Scolari e nem Púa jogam. Só os jogadores jogam”, disse Púa, minimizando a importância da estréia de Scolari.
O treinador do Uruguai, porém, ressalta a qualidade dos jogadores brasileiros e observa que Scolari lembrou de vários jogadores que atuam no exterior, como Roberto Carlos, Rivaldo e Cafu.
”O Brasil é uma potência, mas não será a primeira vez que o enfrentamos. Além do mais, estes jogadores estavam presentes quando empatamos em 1 a 1, no Maracanã, no turno das eliminatórias”, lembra o treinador.
Já em relação a Romário, Púa é mais cauteloso. Além de destacar as qualidades do baixinho, o técnico admite que ele poderá fazer a diferença na partida.
”É um jogador de respeito, tanto que a imprensa o considera o melhor da América. Mas eu confio nos meus zagueiros. Insisto: respeitamos todos, mas daí a temer há uma distância”, reafirmou.
O Uruguai, que está em sexto lugar nas eliminatórias, faz um jogo-treino neste sábado, em Montevidéu, contra uma seleção de Santa Catarina. Com a chegada de jogadores que atuam no exterior, Púa espera preparar a equipe para o clássico sul-americano. No entanto, um deles, o capitão Paolo Montero, da Juventus, está contundido e preocupa o treinador.
”Podemos dizer que ele está bem melhor, mas ainda precisará de uns dias para se recuperar. Esperamos que melhore o quanto antes”, disse o técnico da seleção uruguaia.