Porto Alegre - A Fifa marcou para o fim deste mês a primeira reunião entre dirigentes do Grêmio e do Paris Saint-Germain (PSG), para uma tentativa de acordo sobre a liberação do craque Ronaldinho Gaúcho. O atacante vem treinando no clube francês, mas está impedido de jogar desde o fim de janeiro, porque o Grêmio possui uma liminar na justiça trabalhista, que obriga o pagamento de indenização de R$ 84 milhões pelo seu passe.
O vice-presidente jurídico do clube gaúcho, Homero Bellini Júnior, confirmou hoje o encontro, que deve ser realizado no dia 27 ou 31. Segundo ele, o preço mínimo para a liberação do atacante é de US$ 20 milhões.
“O Grêmio é o único clube brasileiro que paga e está pagando todas as suas obrigações trabalhistas em relação a divergências com seus jogadores. Houve o caso do Júnior Baiano e do Edmundo, Mas aqui no Grêmio seguimos rigorosamente a legislação. É por isso que o clube vem vencendo essa disputa judicial”, acrescentou Bellini Júnior, em uma referência aos dois jogadores liberados pela justiça devido ao atraso de pagamentos salariais e obrigações trabalhistas pelo Vasco da Gama.
O vice-presidente jurídico do Grêmio não sabe qual seria a oferta francesa num possível acordo nem teme que a Fifa, em caso de divergência, estabeleça ao fim um baixo preço pelo passe. ‘O presidente de honra da Fifa, João Havelange, já disse ao nosso vice-presidente Jayme Eduardo Machado que não permitiria que nosso país seja conhecido por uma situação como essa. Além disso, Ronaldinho Gaúcho é um jogador diferenciado. Por que o Zidane vale US$ 58 milhões, o Verón cerca de US$ 40 milhões e o Ronaldinho sairia de graça ?’, questionou.