Rio - O problema no atraso de salários de jogadores não é exclusividade do futebol brasileiro. Cansado de esperar pela promessa dos dirigentes do San Lorenzo, o técnico da equipe argentina, o chileno Manuel Pellegrini, deu um ultimato ao clube. O treinador afirmou ao diário "Olé" que, se não receber o que lhe é de direito até esta quarta-feira, vai procurar outro lugar para trabalhar. A difícil situação se estendeu ao grupo, que ameaça não entrar em campo na partida deste sábado contra o Flamengo, em Buenos Aires, pela Copa Mercosul.
Os jogadores do San Lorenzo mandaram um comunicado aos dirigentes reiterando a posição do treinador. Segundo Pellegrini, o clube tem uma dívida com ele de US$ 200 mil (aproximadamente R$ 500 mil), o que está o impossibilitando de seguir à frente da equipe. Além disso, o San Lorenzo ainda não pagou o mês de junho aos atletas, pendência suficientemente capaz de despertar a revolta do elenco.
A manhã desta quarta no Nuevo Gasômetro, sede do clube argentino, foi tumultuada. A imprensa local se amontoou em busca de alguma novidade, enquanto jogadores, comissão técnica e dirigentes estavam reunidos no vestiário tentando solucionar o problema. Mas até o fim do dia não houve evolução nas negociações.
Caso o impasse permaneça, o San Lorenzo poderá usar o treinador da equipe juvenil, Walter Perazzo, no lugar de Pellegrini no confronto contra o Rubro-Negro. Outra possibilidade seria a contribuição do auxiliar técnico Rubén Cousillas, mas este deve seguir o destino de Pellegrini, se ele mantiver a sua posição.