Rio - O técnico da seleção paraguaia, Sergio Markarián, explicou o tumulto após a derrota de 2 a 0 para o Brasil na quarta-feira passada, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. O treinador invadiu o gramado e se colocou entre o goleiro Chilavert e o árbitro alemão Hellmut Krug, que discutiam por causa da não marcação de um pênalti a favor da seleção paraguaia. Segundo Markarián, sua intervenção foi para evitar a expulsão de Chilavert.
“Preferia que o árbitro me expulsasse e deixasse o Chilavert livre. Mas quero deixar claro que temos motivos para reclamar, uma vez que o pênalti não foi marcado e nos prejudicou”, afirmou o treinador.
Mas se Markarián defendeu Chilavert da expulsão, a imprensa paraguaia não poupou críticas ao jogador pela cusparada que ele deu no rosto do lateral-esquerdo Roberto Carlos após o confronto.
Para o ABC Color, o principal jornal do Paraguai, "a cusparada de Chilavert em Roberto Carlos - indiscutivelmente um dos jogadores mais antipáticos do mundo - foi exibida pelas emissoras de televisão de todo o mundo, se tornando um atentado ao fair-play". O jornal lembrou ainda que Chilavert poderá ser suspenso, prejudicando o Paraguai no restante das Eliminatórias.