São Paulo – O atacante Romário acredita que suas chances de disputar a Copa de 2002 dependem apenas de duas coisas: a sua própria vontade e de uma postura correta do treinador da Seleção.
“Nunca fui um bom perfil para os técnicos. Mas se colocar na cabeça que
quero ir à Copa e não tiver sacanagem como em 98, eu vou”, afirmou o vascaíno ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil. Na Copa da França, o Baixinho foi cortado pelo técnico Zagallo, que depois virou seu desafeto, por estar machucado às vésperas do início da competição.
Felipão também foi atingido pela língua afiada de Romário. Ele disse que Pelé e Garrincha jogariam hoje em dia tão bem como no ano passado. “E se eu estivesse no mesmo time, faria mais de mil gols.” O treinador da Seleção afirmou no mês passado que os adversários não dão mais tanta facilidade ao Brasil como em 58 e 62.
Nesta quinta, após o treino do Vasco, Romário afirmou que merece ser convocado para pegar a Bolívia e a Venezuela nos dois últimos jogos das Eliminatórias. "Estou recuperado da contusão e tenho feito gols. Espero que o Felipão convoque os melhores e acho que estou entre eles."
Ao ser perguntado sobre as declarações do treinador de que tinha assistido à partida entre Inter e Vasco, Romário deu uma cutucada no técnico. "Não sei o que o Felipão quis dizer com issso. Não entendi. Só espero que ele também assistido aos jogos contra o Cruzeiro, Flamengo e Botafogo." O atacante teve uma atuação apagada contra o Inter.
No programa da ESPN Brasil, o vascaíno falou ainda sobre os seus problemas de contusão. “Meu físico poderia até ser melhor se não saísse tanto. Não uso drogas, não bebo e nem fumo. Mas sexo é bom até em dia de jogo.”
O Baixinho ainda não sabe quando pretende parar, mas já faz planos para o futuro. “Gostaria de continuar no futebol comandando um time como o Zico. Acontece, porém, que o futebol é tão sujo que não tenho estômago para encarar o desafio.”
A aposentadoria do craque poderia ter sido precoce. Ele pensou em dar adeus aos campos, após conquistar o tetra, mas mudou de idéia: “Decidi continuar porque estava muito fácil marcar gols. Como
ainda hoje as coisas não se modificaram, não sei quando vou parar."