São Paulo - Um empate costuma deixar duas equipes satisfeitas. Afinal, não há perdedores. Não foi o que aconteceu ontem, logo após o empate em 1 a 1 entre Ponte Preta e Guarani, em Campinas. O resultado manteve um tabu que completará 15 anos sem vitórias da Macaca sobre o rival. Talvez por isso, a torcida bugrina festejou o empate como uma vitória. E os ponte-pretanos deixaram o Majestoso calados.
Antes mesmo de o dérbi se iniciar, o longo tabu parecia dar confiança à
torcida do Bugre, que fez uma bela festa. Festa abafada assim que a Ponte Preta entrou em campo. Todos os jogadores, inclusive aqueles que não estavam relacionados, subiram ao gramado de mãos dadas. Pareciam prontos para uma guerra.Disposta a tudo pela vitória, a Ponte esbanjou vontade no início. Tanta vontade esquentou os ânimos em campo e gerou duas expulsões prematuras. Aos 16 minutos, Rodrigo e Léo receberam o vermelho.
A Ponte levava vantagem e abriu o placar aos 27, com Macedo. O tabu parecia mais próximo do fim. Mas, nos últimos treze dérbis disputados, muitos foram os momentos em que o tabu esteve próximo do fim, mas ele sempre teimou em se manter de pé. Dois minutos após o gol da Macaca, Sangaletti empatou.
A Ponte voltou mal para o segundo tempo e não conseguiu criar chances. Já o Guarani parecia satisfeito com o empate e tratou de tocar a bola. O resultado lhe interessava. O empate teria o gosto de uma vitória. Empate que se manteve até o final e fez a torcida bugrina deixar o Majestoso em festa.
Em 2002, quando o próximo dérbi acontecer, o tabu completará 15 anos. Por isso, o Guarani já prepara uma valsa para a debutante Macaca. E com razão. Afinal, nos últimos 15 anos, no dérbi, quem dança é sempre a Ponte Preta.