Rio - "É sempre muito bom enfrentar a Seleção Brasileira." Essa é a reação do treinador da Costa Rica, o brasileiro naturalizado costarriquenho Alexandre Guimarães, que em entrevista ao jornal Última Hora, editado em San José, lembrou que será a segunda vez que enfrentará o Brasil.
A primeira vez foi na Copa de 90, quando ele atuava como jogador e perdeu por 1 a 0, gol de Muller. Guimarães entrou aos 37 minutos do segundo tempo no lugar de Juan Cayasso.
Alexandre Guimarães se naturalizou em 1985, quando jogava pelo Deportivo Saprissa. “É curioso. Nasci no Brasil e já enfrentei meu país como jogador e agora vou enfrentá-lo como treinador. Acho que deve ser um caso único no mundo.”
O treinador disse que sua família no Brasil deve estar empolgada após a realização do sorteio que colocou Brasil e Costa Rica em novo confronto 12 anos depois. Um dia antes do sorteio, Guimarães torcia para não ficar no grupo do Brasil e explicava o motivo. “Meu pai sofreu muito em 90 e não sei se suportará outra emoção dessas.”
Depois do sorteio, o treinador da Costa Rica acha que ele deve estar feliz e dividido. Além do Brasil, Alexandre Guimarães enfrenta outra coincidência; vai enfrentar Bora Milutinovic, técnico da Costa Rica em 90 e o responsável pela convocação de Guimarães a quem chamava de Kima.
Alexandre Guimarães acha que o grupo C é interessante e equilibrado e acredita que qualquer um dos quatro times pode passar para a outra fase. Dizem seus amigos que Guimarães não escondia sua felicidade depois do sorteio. “É um grupo interessante. Temos que jogar como estamos fazendo e chegar no Mundial com uma boa preparação para estar na nossa melhor forma.”