Racionamento de energia na Califórnia
Não é apenas o Brasil que enfrenta uma crise de energia elétrica. O Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, também encara os efeitos do racionamento neste ano. O governador Grey Davids já antecipou que o verão deste ano deve ser bastante problemático, quando pretende fazer 200 horas de blecautes programados.
A desregulamentação do setor energético no Estado em 1996 é apontada por especialistas como uma das principais causas da crise. A legislação aprovada na época proíbe que as empresas distribuidoras repassem ao consumidor o aumento das geradoras - a maioria localizada outros Estados -, o que representou enormes prejuízos quando as geradoras começaram a cobrar mais pela energia.
O maior temor do governo é em relação ao verão (hemisfério norte), quando o consumo de energia na Califórnia aumenta - em grande parte pelo maior uso de ar-condicionado - e a energia que chega ao Estado não será suficiente para abastecê-lo. Outros fatores também agravam ainda mais o quadro no Estado, como usinas fechadas para trabalhos de manutenção e a diminuição do nível dos rios, problema também enfrentado pelo Brasil.
Para tentar remediar o problema, o governo destinou US$ 4,7 bilhões para comprar energia para as distribuidoras durante o primeiro quadrimestre. Entretanto, a medida não foi suficiente para evitar quatro apagões neste período. No começo do ano, a Califórnia esteve em estado de emergência por 37 dias consecutivos devido à escassez de reservas energéticas.
A crise da energia na Califórnia já preocupa o país inteiro. Outras regiões, como Nova York, também temem apagões em um futuro próximo. Algumas das medidas que o governo federal estuda são o aumento da quantidade de usinas nucleares e diminuir sanções a países árabes, o que poderia aumentar a oferta de petróleo aos EUA.
Bush - No dia 17 de maio, o presidente George Bush anunciou um pacote de 105 recomendações para o Congresso Americano para minimizar a crise. As principais medidas são o investimento no setor nuclear e na troca de energia entre os estados. Ele anunciou também o investimento em longo prazo em energia que não dependam do petróleo. Caso as recomendaçòes não tenham sucesso, o presidente prevê uma alta nos gastos com energia de 25% para o consumidor americano.
Redação Terra
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