O diagnóstico da fibromialgia é clínico, já que não existe exame específico laboratorial ou radiológico para detectar a doença. Conforme a reumatologista Maria Vitória Quintero, o paciente apresenta uma alteração nos neurotransmissores que reduz o limiar da dor, como se o paciente sentisse mais dor do que as pessoas que não sofrem de fibromialgia. A doença não provoca inflamação dos músculos, mas as lesões na musculatura, comuns no dia-a-dia, são amplificadas. A médica observa que a musculatura fica dolorida e contrai e essa tensão leva a mais dor, que tensiona mais o músculo, e vira uma bola de neve.
Uma avaliação cuidadosa dos músculos do paciente, realizado pelo reumatologista, revela áreas bastante sensíveis ao toque em determinados locais, totalizando 18 pontos de dor, sendo nove de cada lado. "A pessoa que tem fibromialgia apresenta dor nos dois lados - direito e esquerdo -, no entanto, não precisa ser no mesmo ponto. As dores geralmente acometem pontos acima e abaixo da cintura. A dor é espontânea, ou seja, a pessoa levanta e deita com dor", descreve Maria Vitória Quintero.
O diagnóstico muitas vezes é feito depois que os sintomas já estão instalados. Pelo fato de a dor no início ser transitória, observa a médica, a pessoa sempre arruma uma justificativa para o incômodo. "A pessoa geralmente acredita que andou muito naquele dia, por isso a dor nas pernas; ou que ficou tensa, por isso a dor no pescoço e nos ombros; e assim por diante".
A médica afirma que mudança de humor, cansaço constante, desânimo, ansiedade, sono não reparador, sensação de formigamento nas mãos e pés, dor de cabeça e distúrbios abdominais (colite) são sintomas que devem ser observados, já que são comuns de serem associados à fibromialgia. Cerca de 90% das pessoas com fibromialgia sentem uma fadiga moderada a severa, com perda de energia, diminuição da resistência aos exercícios ou cansaço semelhante ao resultante de uma gripe ou perda de sono.
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