Uso da massagem em tratamentos médicos
A maioria das pessoas reconhece o relaxamento como um dos efeitos da massagem, mas, por vezes, ignoram seus efeitos preventivos e curativos. Os profissionais de fisioterapia usam as massagens para diagnosticar doenças e para o tratamento das mesmas. E como é feito este diagnóstico? “Isso acontece porque os músculos do corpo humano têm uma tensão natural e, quando essa tonicidade está alterada, o profissional especializado percebe que há algum problema”, explica a fisioterapeuta Simone Lima, que cita como exemplo os edemas nas mulheres grávidas. “Com o toque, procuro os sinais de inflamação, que são calor, dor, rubor e edema. Assim consigo identificar a localização correta da dor”, completa. Uma pessoa, quando está tensa, fica com os músculos dos ombros (trapézio) endurecidos e, às vezes, doloridos. Uma massagem nessa região libera as toxinas acumuladas e provoca sensação de relaxamento. No caso dos esportistas, as dores podem ser causadas por práticas de esporte em excesso, que provocam o acúmulo de ácido lático nos músculos. A massagem aumenta a circulação, atuando na liberação dessa substância e, conseqüentemente, alivia a dor. Mas, além do alívio de dores musculares e de relaxamento, a massagem pode ser aplicada no tratamento de várias patologias. Na área respiratória, por exemplo, atua em tratamentos de bronquite e pneumonia, relaxando a musculatura do paciente e fazendo com que ele libere a secreção. Na oncologia, que trata pacientes com câncer, “as massagens costumam ser aplicadas após a cirurgia de mama, quando massageia-se a área para diminuir o edema”, exemplifica Simone Lima. A massagem também pode ser aplicada em tratamentos intestinais, cólicas e até problemas simples como a caspa. Mas é fundamental ressaltar que a massagem, isoladamente, não resolve todos os problemas: “Ela é útil para tratar e prevenir várias patologias, mas tem de ser aplicada juntamente com outras terapias”, ressalta Simone de Lima. Em caso de queimaduras graves, usa-se a massagem para evitar aderências, já que elas diminuem a amplitude do movimento.
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Tereza Melo Sousa/ Especial para o Terra
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