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Viagra: o pioneiro, mas não o único

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A famigerada pílula azul chegou e logo causou uma revolução sexual de proporções mundiais. "O Viagra foi o primeiro e ninguém vai tirar o mérito dele", diz o urologista Eric Roger Wroclawski. Ele foi o primeiro, mas não é o único. Os caçulas dos remédios para impotência, Levitra e Cialis também são opções ditas confiáveis.

Comercializado em porções de 25, 50 e 100 miligramas – em caixas de quatro comprimidos – o Viagra tem como princípio ativo o Sildenafil e a patente do remédio é do laboratório Pfizer até o ano de 2013. Isso significa que a partir dessa data poderão ser produzidos genéricos do Viagra.

A eficácia do Viagra contribuiu para que o remédio se popularizasse rapidamente. "Ele está no mercado há cerca de seis anos e sabemos que é uma droga segura e eficiente. Os novos medicamentos do gênero também parecem ser".

"É importante ressaltar que o Sildenafil (princípio ativo do Viagra) não provoca ereção; ele facilita. Se o paciente tiver ereção, o remédio vai incrementá-la", destaca Eric Wroclawski.

Devido à forma de ação, o Viagra é considerado uma droga inibidora da enzima 5-fosfodiesterase. Essa enzima consome o óxido nítrico, que é a substância causadora do relaxamento e conseqüente ereção do músculo do pênis. Em linhas gerais, o que o Viagra faz é, ao inibir a fosfodiesterase, abrir caminho para a ação do óxido nítrico, fazendo com que haja o relaxamento muscular prolongado.

Mas a ereção não acontece indiscriminadamente. Ou seja, o paciente que tomar Viagra não vai ficar quatro ou seis horas com o pênis ereto. A ereção só vai acontecer se houver estímulo, seja ele visual, olfativo ou coisa que o valha.

"O Viagra é uma medicação que se toma e a partir de 30 minutos (ou mesmo 60) normalmente a pessoa começa a experimentar os efeitos, que duram em média seis horas", diz o urologista Eric Wroclawski.


O urologista compara o efeito do Viagra ao de uma TV com controle remoto: "Existem três situações: TV ligada, desligada e em stand by. Quando ela está desligada, o controle remoto não consegue ligá-la. Isso só acontece com a TV em stand by. O Viagra age deixando o pênis em stand by, pronto para ser ativado pelo controle remoto, que seria o estímulo sexual".

Os principais efeitos do colaterais do Viagra são dor de cabeça, rubor facial, obstrução nasal, um pouco de dispepsia (azia). Na grande maioria dos usuários, esses efeitos não são intensos e de acordo com o urologista Eric Wroclawski, raramente os pacientes desistem do uso por causa deles.

Atenção: Em hipótese alguma, o Viagra pode ser utilizado por pacientes que estejam tomando medicação à base de nitrato, indicados para quem tem angina.

Tereza Melo Sousa/Especial para o Terra

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