Lançado em abril de 2003, o comprimido oval e alaranjado batizado de Levitra tem como princípio ativo o Vardenafil. Assim como o concorrente Viagra, o Levitra, cuja patente é dos laboratórios Bayer e Glaxo, é considerado um medicamento inibidor da enzima 5-fosfodiesterase.
Segundo o urologista Adriano Fregonesi, coordenador do setor de disfunção sexual masculina da Urologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), "essa enzima atua na célula cujas substâncias são responsáveis pelo relaxamento da musculatura do pênis. Se você degradar essa enzima, a substância vai ficar mais tempo e em maior concentração no interior da célula".
Ainda segundo Fregonesi, "fisiologicamente, o que acontece é o seguinte: quando você tem estímulo sexual, precisa relaxar a musculatura. Esse estímulo gera uma concentração da substância relaxadora e conseqüente ereção do pênis".
De acordo com informações fornecidas pela assessoria de imprensa, o início de ação do remédio é de 15 minutos. "Os estudos com o Levitra sugerem que o espectro de ação é bastante parecido com o do Viagra, mas a janela de oportunidades é mais longa, ou seja, os efeitos duram em trono de oito horas", diz Eric Roger Wroclawski, professor regente da disciplina de urologia da faculdade de medicina do ABC e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia.
Um diferencial do Levitra é o fato de ele ser comercializado em embalagens de uma unidade, enquanto os concorrentes são vendidos em caixas com quatro comprimidos. Isso dá ao usuário a chance do adquirir o medicamento para uma relação esporádica: "É o efeito one shout (um tiro, em inglês). Isso pode ser uma vantagem, comercialmente falando", diz Eric Wroclawski.
O Levitra tem como possíveis efeitos colaterais a dor de cabeça, rubor facial e coriza.
Atenção: Em hipótese alguma, o Levitra pode ser utilizado por pacientes que estejam tomando medicação à base de nitrato, indicados para quem tem angina.