A associação entre potência sexual e masculinidade é fácil e comum. Talvez por isso, a crença popular esteja repleta de remedinhos para impotência: catuaba, guaraná indígena, jurubeba, ovo de pata e gengibre estão entre os exemplos.
Mas, segundo o urologista Eric Roger Wroclawski, "nenhum dos artifícios populares tem efeito cientificamente comprovado. O que pode acontecer é de as pessoas terem o efeito placebo".
O efeito placebo é usado para testes de eficiência, tolerância e segurança dos remédios. A pessoa toma algo que não é medicação farmacologicamente ativa, mas sofre os efeitos que imagina que o remédio faria. Ou seja, o efeito placebo está diretamente ligado ao fator psicológico dos remédios.
No caso específico dos remédios para impotência, os testes mostraram que cerca de vinte por cento das pessoas pesquisadas apresentaram melhora na performance sexual mesmo tomando remédios considerados neutros.
A sistemática desses testes é chamada de exames duplo cego. "O próprio médico não sabe que está dando remédio ou placebo ao seu paciente. Os remédios são avaliados sem que o paciente saiba o que realmente tomou. Depois de avaliados os resultados é que se revela ao médico e ao paciente se a pílula em questão tinha realmente princípio ativo".