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Mais parceiros sexuais, maior risco de DSTs

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As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) não são problemas de saúde típicos do homem, acometem tanto um sexo como o outro. Mas os indivíduos do sexo masculino apresentam mais sintomas desses tipos de doença. Entre as razões para isso está o fato de que a via por onde elimina-se a urina é a mesma por onde sai o sêmen. Logo, algum problema transmitido pela relação sexual e que atinja a região do pênis logo será percebido quando o homem urinar.

As DSTs mais comuns são condilomas genitais, inflamações da uretra, como a gonorréia e outras causadas por bactérias. "O problema é que as pessoas, ao perceberem que estão com doenças desse tipo, procuram atendimento no balcão de farmácia ou se automedicam. Os pacientes só chegam ao serviço de saúde quando não encontram medicação fácil", diz o médico infectologista Ivo Castelo Branco. Segundo ele, estima-se que apenas 20% dos casos de DSTs chegam aos serviços médicos.

A forma mais simples de se prevenir de doenças transmitidas pelo sexo é ter o menor número de parceiros sexuais. "O risco de adquirir uma DST é proporcional ao número de parceiros", afirma Castelo Branco. Segundo ele, o mais importante no atendimento a pacientes com DSTs é o tratamento da doença como algo que esteja se espalhando. "Quem está doente deve ser tratado, mas também deve se tratar a pessoa de quem o paciente pegou a doença e aqueles para quem ele passou. É uma forma de quebrar essa cadeia".

As DSTs podem aumentar o risco de infecção pelo HIV, o vírus da Aids. Ferimentos, inflamações e sangramento na genitália em um dos parceiros dão mais condições de o vírus atingir o organismo do outro. Procurar atendimento médico para o tratamento de DSTs é, portanto, uma prevenção indireta à Aids. De acordo com Castelo Branco, "onde há bom tratamento de DSTs, há pouco HIV".

O Povo

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