Outro problema, bem mais freqüente, que atinge a próstata é a hiperplasia prostática benigna (HPB), que não tem nenhuma relação com o câncer de próstata. A maioria dos homens com mais de 50 anos tem HPB, mas só apresenta sintomas em 20% a 30% dos casos. A incidência da hiperplasia chega a 90% dos homens com mais de 80 anos. Para o aumento benigno da próstata, a idade e o nível normal de hormônios masculinos são fatores preponderantes.
Os sinais de que a próstata está com tamanho acima do normal são alterações ao urinar - jato mais fraco, demora e esforço ao urinar, sensação de sobra de urina. Quando o crescimento é exagerado, a conseqüência é mais dor, mais esforço para urinar e aumento no número de idas ao banheiro. São situações que atrapalham compromissos, o trabalho, o lazer e o sono. Nos casos mais graves, a HPB pode ocasionar pedras na bexiga, infecção urinária e sangramento.
De acordo com o urologista Marjo Perez, chefe do Serviço de Urologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, "como o crescimento da próstata é natural, não há prevenção, mas acompanhamento. A progressão da hiperplasia pode ser alterada com medicamentos".
Entre as drogas que atuam na próstata para controlar a HPB estão os alfabloqueadores e a finasterida. Os alfabloqueadores relaxam a musculatura dentro da glândula para facilitar a passagem da urina. A finasterida, por sua vez, faz a próstata diminuir de tamanho quando usada a longo prazo. Em alguns casos, para se alcançar melhores resultados, é feita a associação dos dois medicamentos.