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Maquiagem
de cinema é a preferida de Luiz Carlos Jamonot
Nem só de efeitos mecânicos
como explosões e tiros é feita uma morte. A maquiagem também constitui
um elemento cênico indispensável para tornar a ficção mais verossímil
aos olhos do público. Luiz Carlos Jamonot, maquiador de Tolerância,
explica que a maquiagem de cinema une técnica e arte em um trabalho especializado.
No caso de Tolerância, "a maquiagem é normal, sem grandes efeitos",
afirma. A não ser nas cenas de morte, nas quais alguns litros de sangue
já foram gastos. Trabalhando atualmente apenas com televisão e cinema,
o maquiador esclarece a diferença entre os dois meios. "O cinema é um
pouco mais carregado, enquanto a TV, principalmente os comerciais, são
mais clean", explica.
Segundo Jamonot, o trabalho em cinema é o seu favorito. No último Festival
de Brasília, ganhou o prêmio de melhor maquiagem por Anahy
de Las Misiones. Um de seus trabalhos mais elaborados foi o filme
Paulo
e Ana Luiza em Porto Alegre, no qual foram utilizadas muitas próteses,
silicone, e litros de sangue e látex para as cenas de canibalismo. Outros
destaques são para os curtas Duelo de Jaime Lerner e Véio do
Saco de Milton Prado. Em seus 16 anos no mercado, ele já trabalhou
em 5 longas e em 18 curtas.
Sobre Tolerância, ele diz que "a estória é maravilhosa", além de não poupar
comentários elogiosos ao trabalho da Casa de Cinema de Porto Alegre. "Com
o pessoal da Casa eu trabalharia sempre. Eles são ótimos", confirma. A
partir de setembro, Jamonot estará envolvido em mais um longa, Neto
Perde Sua Alma, de Beto Souza. Além disso, promete para breve um livro
contando os bastidores do mundo do cinema gaúcho. "Vou contar tudo", anuncia.
(Adriana Amaral)
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