Rio - Com o fraco rendimento do ataque brasileiro contra a Colômbia, Romário ficou ainda mais fortalecido dentro da seleção. O atacante do Vasco demonstra uma segurança de quem tem lugar garantido na equipe, desde que esteja em plena forma física. Dessa posição privilegiada, Romário analisou a atuação dos companheiros e ignorou o desafeto Edmundo.
Questionado sobre o desempenho do ataque na partida de quarta-feira, o vascaíno se limitou a falar sobre França. "Ele esteve bem, se movimentando muito", afirmou, fingindo que não havia outro atacante em campo.
Ao deixar a seleção, cortado por causa de uma contusão, Romário já tinha deixado claro que acredita que uma vaga no setor é sua. Segundo ele, os outros têm de brigar para ver quem vai jogar ao seu lado. Não é para menos. Nas duas partidas das Eliminatórias que participou, Romário marcou sete gols, se tornando o artilheiro do Brasil na competição. Antes do jogo com a Bolívia, quando ele fez três, o ataque brasileiro não tinha marcado gols.
Ao analisar a atuação de toda seleção, Romário reconheceu que faltou entrosamento. "Isto tem sido uma constante nas Eliminatórias", lembrou. Em seguida, ele afirmou que considera "normais" as vaias do torcedores paulistanos. "A torcida sempre quer espetáculo."
Romário fez questão de elogiar o companheiro de clube, Juninho Paulista. Para ele, o meia deu maior "dinamismo" ao meio-de-campo da equipe brasileira. Os outros jogadores não mereceram comentários específicos do ídolo do Vasco.
Demonstrando motivação para voltar à seleção, Romário disse que está disposto a participar de um possível amistoso em fevereiro. O técnico Leão pretende marcar partidas para acertar o time antes do jogo contra o Equador, pelas Eliminatórias, no dia 27 de março.
Romário ainda não se recuperou da contusão na coxa esquerda, que provocou o seu corte. A previsão dos médicos do clube carioca é que ele retorne ao time em 10 dias. "Pretendo dar um título ao Vasco e, depois, voltar a seleção", completou o atacante.