A tradição alemã de formar excelentes pilotos de Fórmula 1 está perto de gerar mais uma cria. O novo piloto da Williams, Nico Hulkenberg, chega à principal categoria do automobilismo credenciado por conquistar praticamente tudo o que disputou desde que se tornou profissional, em 2005, quando venceu oito das 20 etapas da Fórmula BMW e sagrou-se campeão. Tudo isso com apenas 18 anos.
O gosto pelo primeiro lugar do pódio, porém, vem de longa data. Em 2002, com apenas 15 anos de idade e cinco de carreira, Hulkenberg sagrou-se campeão alemão júnior de kart, título conquistado 16 anos antes pelo conterrâneo Michael Schumacher. Esta vitória, aliás, chamou a atenção de Willi Weber, empresário do próprio heptacampeão mundial, que passou a agenciá-lo.
Já com 19 anos, Hulkenberg faturou a A1 GP pela Alemanha, anotando nove vitórias. Naquele mesmo ano, também teve bom desempenho na F3 Alemã, onde somou uma vitória e cinco pódios. No ano seguinte, subiu um degrau para a F3 Europa, na qual conquistou quatro vitórias e terminou em terceiro. O título da categoria e outra ascensão profissional, porém, viria no ano seguinte.
Em 2008, os resultados do alemão despertaram a atenção da Williams, que o contratou para ser seu piloto de testes. Paralelamente a esta função, venceu a F3 Europa e transferiu-se para a GP2 na temporada seguinte, tendo sido campeão com cinco vitórias em 2009. Neste mesmo ano, frustrou-se ao ver a Williams manter Kazuki Nakajima e Nico Rosberg como pilotos principais.
Mesmo assim, continuou se dedicando a Williams e, com a renovação realizada pela equipe em 2010, formará a linha de frente da escuderia com o experiente Rubens Barrichello. A questão que se levanta agora é apenas uma: conseguirá Hulkenberg manter a média de um título por temporada em seu primeiro ano na Fórmula 1?
Se depender do otimismo do próprio piloto, pode ser que sim. "É difícil julgar agora, pois o começo do ano deve ser complicado. Mas espero encontrar o meu estilo desde o início para tentar igualar o resultado e a velocidade de Barrichello. E, se possível, batê-lo em algum ponto do ano", finalizou o alemão à Autosport, antecipando a disputa que terá com o brasileiro pelo primeiro lugar da equipe.