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Photoshop 5.5Mega-editor de imagens finalmente aprende a salvar imagens para a Web Pois é, que saco. A Adobe faz dessas coisas de quando em quando. Complica radicalmente a interface, adiciona funções complexas que não servem para nada... Brincadeirinha! A nova versão 5.5 do Photoshop não tem nenhum desses defeitos (fora, talvez, a tela de abertura, que está cada vez mais feia!). A nova versão caiu do céu para quem trabalha com imagens para a Internet, como, por exemplo, quase todo usuário de Photoshop que conheço. Até ontem, os recursos para salvar GIFs e JPEGs eram absolutamente toscos e você tinha que apelar para o ImageReady, um programinha especializado em gerar arquivos para a Web; um gêmeo do Photoshop, mas privado de várias funções interessantes. Agora a Adobe deve ter sentido que, com essa estratégia fragmentada, o seu carro-chefe perderia mercado para concorrentes menores, como o próprio ImageReady e o Fireworks, da Macromedia. Resolveu, então, incluir o ImageReady 2.0 de graça com o Photoshop 5.5, e até providenciou um botão na palete de cada programa para pular para o outro. E incorporou funções de um no outro. Só que cada programa ainda faz várias coisas que o outro não faz. A você cabe estudar os manuais para saber as diferenças. Não seria mais fácil e mais inteligível para o usuário transferir todos os features para o Photoshop e sumir com o ImageReady de uma vez?
Tudo bem, o que importa é que você pode passar o tempo todo com apenas um dos dois programas aberto. O ImageReady reúne, de forma muito competente, tudo o que se precisa para exportar imagens decentes para a Internet, gerando compressões corretas, otimizações refinadas, animações em GIF e até páginas HTML prontas com efeito de rollover, a última moda na Web. Como o Photoshop agora também sabe fazer algumas dessas coisas, se a sua ocupação básica é preparar as mesmas imagens para um site e para uma publicação de papel, a tendência é você abrir apenas o Photoshop. Salvando para a Web O novo comando Save for Web é um mini-ImageReady dentro do Photoshop 5.5. Você pode fazer nele praticamente tudo que não envolva retoque e composição: mudar o tamanho da imagem, escolher um método de compressão (GIF, JPEG ou PNG), comparar dois ou quatro previews simultâneos com ajustes diferentes e até mesmo editar a palete dos GIFs à mão. E salvar todos os seus ajustes para uso em imagens subseqüentes.
As imagens para a Web ficam muito menores em tamanho e melhores em aparência, sem a necessidade de abri-las em outros programas e dispensando completamente plug-ins de exportação consagrados (e caros) como o ProJPEG e o PhotoGIF. Só isso já vale o upgrade. Recorte fácil, texto difícil Outras funções novas - a ferramenta Background Eraser e o comando Extract - também já eram disponíveis em programas comerciais. O objetivo delas é facilitar o recorte de objetos contra fundos chapados em fotos. O recorte de fotos é uma das tarefas mais chatas da edição de imagens. Normalmente, o contorno do objeto não é nítido o suficiente para permitir o simples uso da varinha mágica. Você tem que selecionar tudo à mão e suar para conseguir recortar contornos difusos como cabelos e áreas de sombra. Não no Photoshop 5.5: a ferramenta Background Eraser apaga de forma seletiva, detectando e preservando o contorno dos objetos contra o fundo! O comando Extract usa parâmetros de recorte que você desenha sobre a foto como se estivesse editando uma máscara. "Genial" é um adjetivo pobre para essas duas funções.
Em compensação, a ferramenta de texto continua aquela tranqueira. Ela melhorou tanto da versão 4 para a 5 que parecia uma dádiva, mas tinha sérios problemas de kerning (controle automático do espaçamento entre as letras), e a Adobe soltou um upgrade somente para consertar isso. Agora, é certo que o editor de texto do 5.5 inclui novos atributos muito úteis, como sublinhado, falso negrito e falso itálico, e tem várias opções de suavização (anti-aliasing); mas por que continua tão difícil selecionar um trecho do texto na janelinha de edição? E por que a Adobe instala fontes extras que ficam disponíveis apenas para o Photoshop? E por que não dá para usar a fonte Chicago? Por outro lado, várias outras inconsistências do Photoshop foram resolvidas. Por exemplo, é possível dar múltiplos Undos mesmo depois de um Revert, o que pode garantir o emprego de quem não salva o seu trabalho freqüentemente. Outras novidades: a ferramenta Art History Brush, que serve para aplicar efeitos de pincelada estilizada em determinadas áreas de fotos; o comando Auto Contrast, que ajusta o claro e o escuro de uma foto sem alterar a sua tonalidade global (diferentemente do Auto Levels, que faz o mesmo, mas com resultados imprevisíveis); a possibilidade de gerar portfólios de imagens em HTML a partir de uma pasta com imagens; e a nova opção Contiguous, para a varinha mágica e para o balde de tinta, que quando desligada permite selecionar/pintar todas as áreas semelhantes da imagem de uma vez só. A velha conclusão de sempre O Photoshop 5.5, com seu repertório de poucos e bons melhoramentos, comprova que não resta muita coisa a adicionar ao programa. Os novos recursos para preparar imagens para a Internet já vêm tarde, com anos de atraso. Em quantos gigabytes a Web como um todo seria mais leve se essas funções estivessem disponíveis há mais tempo? E quantas horas de tedioso trabalho nos departamentos de arte do mundo teriam sido poupadas se as novas funções de recorte também já existissem? (Mas isso já é digressão, e mal-humorada.) A mensagem que fica é aquela mesma de sempre: o Photoshop é o melhor e o único programa sério para edição de imagens, no Mac e no PC. Compre. Ponto final. Adobe Photoshop 5.5 Mario AV
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