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Saltos ornamentais: Klaus Dibiasi

Klaus Dibiasi tinha 17 anos de idade quando ganhou sua medalha de prata na plataforma de 10 metros nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964. Para a Itália, a medalha de Dibiasi representava muito. Pela primeira vez na história da disciplina, um italiano subia ao pódio, cedendo o lugar de honra por apenas 1,04 ponto.

Foi tão grande a repercussão pela obtenção dessa medalha, que ao regressar a localidade de Bolzano as autoridade decidiram investir no esporte da nova estrela. Como a piscina que treinava Dibiasi era ao ar livre, optaram por cobri-la, para que o medalhista pudesse treinar durante o duro inverno. Assim não veria suas chances de futuras vitórias diminuídas. A manobra rendeu seus frutos. Com o passar dos anos, Dibiasi deu a Itália três medalhas de ouro e duas de pratas em diferentes edições dos Jogos Olímpicos.

Não é nada fácil se manter por cima nesse esporte, onde a idade desempenha um papel fundamental frente as limitações físicas e coordenativas que o próprio corpo humano vai impondo, mas Dibiasi as superou.

O destino quis que Dibiasi nascesse em Solbad Hall Australia, em 6 de outubro de 1947. Seu passo para a galeria de atletas do século pode ser considerado lógico, já que seu pai Carlo havia sido um campeão nacional na Itália de 1933 a 1936. Sempre sob as ordens dele, desde jovem Dibiasi foi moldando seu estilo e a técnica que o caracterizaram, adquirindo também a disciplina necessária para a prática esportiva.

A capacidade de Dibiasi não se manifestou somente na obtenção de ouro, mas também na grande diferença de pontos que conseguia em relação aos rivais. No México em 68, o italiano venceu com pouco mais que 10 pontos o mexicano Álvaro Gaxiola; em Munique 72 impõe-se novamente, desta vez com quase 24 pontos, sobre o americano Richard Rydze.

Em Montreal, Dibiasi teve que se empenhar mais. Se queria seu terceiro título consecutivo devia arriscar tudo. A principal causa dessa pressão, era representada por um novo talento, que como ele 12 anos antes, aspirava abrir caminho rumo ao ouro. Greg Louganis, dos Estados Unidos.

Apesar da pressão, Dibiasi conseguiu seu terceiro título olímpico na plataforma e outra vez com uma margem cômoda de 23 pontos sobre seu concorrente mais próximo, Louganis.

O Trampolim não era o seu forte. Todavia conseguiu uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos do México em 68. Assim entrou Dibiasi para o círculo dos atletas do século.


Texto - Juan Ramón Piña/El Norte

versão Patrícia Fook