Terra

39Leia o texto com atenção:

De fato, apesar das transformações que chegavam, o Código Civil de 1916 mantinha o compromisso com o Direito Canônico e com a indissolubilidade do vínculo matrimonial. Nele, a mulher era considerada altamente incapaz para exercer certos atos e se mantinha em posição de dependência e inferioridade perante o marido...

Complementaridade de tarefas, sim. Igualdade entre homem e mulher, nunca... Ao fim dos anos 30 e 40, a urbanização e a industrialização traziam mais novidades. Novidades impostas de forma desigual em todo o país, somadas ao êxodo campo-cidade, acabavam por diluir as redes tradicionais de sociabilidade, democratizando as relações afetivas.

Antônio Cândido soube bem resumi-las:

“Impondo-se a participação da mulher no trabalho da fábrica, da loja, do escritório, a urbanização rompe o isolamento tradicional da família brasileira, rica ou pobre, e altera de maneira decisiva o status da mulher, trazendo-o cada vez mais para perto dos homens...”

DEL PRIORE, Mary. História do amor no Brasil. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2006, p. 259 e 300.

A respeito da condição feminina e do matrimônio na história do Brasil e com base no texto acima, podemos afirmar que:

a) o matrimônio no início do século XX representava ascensão da mulher a uma condição simétrica em relação ao homem, enquanto o processo de urbanização das décadas de 1930 e 1940 alterou essa simetria por conta da diluição das redes tradicionais de sociabilidade.

b) o Código Civil de 1916 associava-se ao Direito Canônico à medida que apresentava a indissolubilidade do matrimônio e a dependência da mulher em relação ao homem, situação reforçada pelo processo de urbanização ocorrido nas décadas de 30 e 40 do século XX.

c) a urbanização e a industrialização, verificadas ao longo da história do Brasil no século XX, contribuíram para a alteração, de forma desigual no país, da tradicional organização familiar, favorecendo uma ascensão da mulher em oposição ao estabelecido no Código Civil de 1916.

d) a participação da mulher no mercado de trabalho, embora tenha refletido em mudança no perfil da tradicional família brasileira, não significou alteração substantiva em sua condição e no seu relacionamento com o homem, reafirmando o Direito Canônico.

e) a mulher, considerada incapaz e dependente do marido pelo Código Civil de 1916, conquistou, em 1934, o direito ao voto, o que constituiu avanço em sua condição, mas que não teve relação alguma com sua significativa atuação no mercado de trabalho e na vida doméstica.

40Analise a tabela a seguir:

Comércio exterior brasileiro – 2009

Origem das importações brasileiras

Destino das exportações brasileiras

Participação do país no total das importações

Participação do país no total das exportações

País

Participação (%)

País

Participação (%)

Estados Unidos

15,8

China

13,2

China

12,5

Estados Unidos

10,2

Argentina

8,8

Argentina

8,4

Alemanha

7,7

Países Baixos

5,3

Japão

4,2

Alemanha

4,0

Coreia do Sul

3,8

Japão

2,8

Nigéria

3,7

Reino Unido

2,4

Itália

2,9

Venezuela

2,4

França

2,8

Índia

2,2

México

2,2

Bélgica

2,1

Chile

2,0

Itália

2,0

Taiwan

1,9

França

1,9

Reino Unido

1,9

Rússia

1,9

Índia

1,7

México

1,7

Suíça

1,6

Espanha

1,7

Org. Reinaldo Tronto, com dados de SECEX/MIDIC

Os dados da tabela e seu conhecimento de geografia do comércio permitem afirmar que:

a) o Brasil só exporta para países pobres em razão de apresentar nível tecnológico superior ao desses países.

b) o Brasil só importa de países ricos em razão de sua defasagem tecnológica em relação a esses países.

c) percebe-se certo equilíbrio entre os países ricos e pobres em desenvolvimento no comércio externo do Brasil.

d) todos os parceiros do BRIC aparecem entre os 15 maiores exportadores e entre os 15 maiores importadores.

e) os Tigres Asiáticos se destacam como grandes importadores e grandes exportadores na balança comercial brasileira.