Não é apenas um bicho, mas uma classe inteira de insetos detém o recorde de vida mais curta do reino animal. Os efemerópteros (ordem Ephemeroptera), como o próprio nome diz, têm vida efêmera, de no máximo 24 horas. Esse período serve praticamente apenas para a reprodução, explica o biólogo Milton Neto, professor do Colégio Walt Disney, de Pernambuco.
Composto por cerca de 4 mil espécies, o grupo dos efemerópteros é o mais antigo entre os insetos com asas registrados. No Brasil, foram classificados 63 gêneros e 166 espécies, em dez famílias. Conhecidos no País como aleluias, besouros-de-maio, borboletas-de-piracema, efêmeros, siriruias e sirirujá, esses insetos servem de alimento para peixes de água doce. Os efemerópteros possuem peças bucais rudimentares e não chegam a se alimentar em seu curto espaço de vida. Eles se assemelham às cigarras, pois possuem o corpo mole, podendo atingir até 4 cm de comprimento, e asas membranosas.
Assim como os efemerópteros, muitas espécies de mosquitos têm pouco tempo de vida, entre um e dois dias. "Animais que se reproduzem muito geralmente vivem pouco", diz o professor Wellington Almeida, do curso pré-vestibular Positivo, de Curitiba (PR). Uma curiosidade é o tempo que a cigarra sobrevive. A fase que os biólogos chamam de ninfa, o segundo estágio do desenvolvimento de insetos, quando a formação está ainda incompleta, chega a durar 20 anos. Depois do nascimento, o inseto vive no máximo 50 dias.
Entre os mamíferos, os ratos são os que possuem vida mais curta, com um tempo médio de dois anos. Rato é o nome geral dos roedores Muridae, maior família de mamíferos existente, com cerca de 650 espécies. Outro mamífero de baixa longevidade é a toupeira, que pode chegar a sete anos, mas a média é de apenas três.