Ao ouvirmos a expressão pantera negra, logo associamos a um felino de pelagem negra. No entanto, podemos ficar surpresos ao descobrir que não há uma espécie de felino distinta chamada de pantera negra. Quando vemos uma foto de um felino negro, há duas possibilidades: estamos vendo uma foto de um leopardo ou estamos vendo uma onça com coloração melanística.
Ou seja, a espécie pantera negra não existe. A pantera é, na verdade, o grupo de felinos em que se encontram o leão, o tigre, a onça e o leopardo.
"É uma variedade da onça-pintada (panthera onca), apenas possui uma variedade melânica", explica Vincent Kurt, biólogo da divisão técnica e de fauna do IBAMA. "Também pode ser uma variação de leopardos", completa. Variedade melânica significa que apenas a cor é diferente, por causa da melanina, pigmentação escura.
A mutação, que é oposto do albinismo, permite o nascimento de filhotes de onça-pintada e leopardos inteiramente negros. Os indivíduos com melanismo não são considerados uma subespécie diferente. Aliás, a "pantera negra" está mais próxima de nós do que imaginamos: "É um animal brasileiro, também, portanto. Uma onça preta", completa Kurt. Além do Brasil, a onça-pintada vive em quase toda a América, dos Estados Unidos até a Argentina.
Como exemplo de leopardo, há o leopardo-de-amur, que é extremamente raro, possuindo apenas 35 exemplares soltos natureza, e 200 em cativeiro. Recentemente, no zoológico de Hodenhagen, Alemanha, um nasceu um leopardo-de-amur de pelagem negra. Sua irmã e sua mãe possuem pelagem amarelada, o que mostra que dentro da mesma família pode ocorrer uma variação melânica. Existem apenas cinco leopardos-de-amur negros no mundo.
Segundo a WWF, uma onça-pintada pode chegar a 135kg, sendo o maior animal do continente americano. A potência de sua mordida é considerada a maior entre os felinos de todo o mundo. Já o leopardo costuma pesar 80 kg. Suas garras, muito afiadas, se destacam, por serem arma principal de ataque as presas.